Após alguns dias de reclusão, refletindo entre comprar uma bicicleta e finalizar meu plano de comunicação, finalmente voltei à blogosfera. A propósito, gostaria de dividir com vocês como foi a minha primeira experiência em apresentar um projeto para uma turma de gringos. Minutos antes de começar a apresentação comecei minhas orações: “Meu Deus, ajudai-me a não falar muita asneira em inglês. Livrai-me dos nerds. Tragai da face da Terra (ou pelo menos da sala de aula) os pentelhos e seus comentários prolixos. Iluminai minhas idéias para que eu seja clara nas informações e, conseqüentemente, não existam perguntas ao final. E, por favor, fazei com o que o meu coração não saia pela garganta nos primeiros minutos da apresentação. Amem!”. Entretanto, acho que Deus deve ter vivido um momento de abstração quando eu pedi para me livrar dos questionamentos, pois mal deu tempo da minha respiração voltar ao normal com o fim da tortura chinesa, alguém levantou a mão com uma interrogação estampada na cara. Eh claro, a Lei de Murphy nunca falha.
Não tem como negar que eu estava tensa. Primeira vez que eu apresentaria um planejamento para uma classe de americanos. Assim que eu pisei na
U.Va, o primeiro lugar que me veio à cabeça foi o banheiro (fiquei uns 15 minutos “meditando” em posição que lembrava a famosa
escultura de Auguste Rodin).
Ao chegar à sala de aula, em comum acordo com os alunos presentes, defini minha apresentação para o quarto horário. Não seria nem a primeira, nem a ultima. Ótimo, assim eu teria tempo para recuperar a minha cor original. Certo? Errado. Alguns contratempos surgiram para contribuir com o aumento da minha taquicardia. Preparados?
A professora chama o meu nome. Respiro fundo, pego o meu laptop e vou para frente da sala. Tento instalá-lo ao retroprojetor. Primeira tentativa: Nada. Segunda tentativa: Nada. Terceira tentativa: a professora e mais um aluno levantam-se para me ajudar (Olho para a sala e percebo os olhares de apreensão). Quarta tentativa: outro aluno se aproxima (Neste momento eu já estava querendo enfiar minha cabeça dentro de um saco de pão). Hora de partir para o plano B. Retiro meu HD da bolsa e tento conectá-lo em outro computador. Seria perfeito, se a anta a qual vos escreve não tivesse salvado o arquivo na versão mais recente do programa ( aquela que nem todos possuem). Adivinhem? O negocio não funfou, obvio! Juro, neste momento eu ja estava querendo me transformar numa abobora. De quarta apresentação, passei para ultima. O mais engraçado ( ou não) é que no grand finale o laptop resolveu funcionar. Imaginem minha cara de salame.
No mais, apesar dos percalços, gostei do resultado final. Consegui sustentar ate o fim meu “ingreis” e ainda notei que eles curtiram dois mockups que eu criei para exemplificar meu planejamento. Ótima experiência, que me rendeu boas risadas no dia posterior!